Ipec revela que grau de confiança no chefe da Nação é de 50 pontos em escala de zero a 100
Levantamento feito pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), instituição brasileira de pesquisas de mercado e opinião, revela que o índice de confiança no Presidente da República por parte da população do País atingiu 50 pontos em 2023, em escala que varia de zero a 100, o que significa que é o maior grau de confiança desde 2012, que pertencia a Dilma Rousseff.
Os dados, que também trazem a consolidação junto à população da confiabilidade de instituições e grupos sociais, como, por exemplo, Forças Armadas, igrejas, meios de comunicação e sindicatos, além de instituições como os três poderes foram divulgados na última terça-feira (18) por meio do ICS (Índice de Confiança Social) 2023.
Conforme os métodos aplicados na pesquisa, para cada grupo social ou instituição analisado são dados pesos distintos para as respostas das pessoas ouvidas no levantamento, em uma escala que varia de zero, que não tem nenhuma confiança; a 100, que expressa muita confiança. A partir das avaliações, os pesquisadores definem, então, média em que quanto maior o valor, mais alta é a confiança dos brasileiros.
Já em seu terceiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva deixou para trás Dilma Rousseff, que era a detentora da última vez em que um chefe da Nação havia marcado acima de 50 pontos, em 2012, há 11 anos. Na época, a então presidente, que estava em seu segundo mandato e mostrava popularidade em alta depois da vitória na eleição, chegou a 63 pontos.
O atual mandatário, que entregou o cargo a Dilma com aprovação recorde, também é o dono do maior nível de confiança da série histórica, iniciada em 2009, com 69 pontos em 2010. Ainda conforme o Ipec, se forem levadas em consideração as regiões, a Nordeste apresenta a melhor pontuação, na qual o presidente atingiu 66 pontos de confiabilidade.
Já em relação às piores, na Norte e Centro-Oeste ele ganhou somente 42 pontos. Os evangélicos demonstraram menos confiança em Luiz Inácio Lula da Silva, religião da qual ele obteve 43 pontos. Os católicos confiam bastante no presidente e deram a ele 55 pontos.
Já na avaliação por religião, os evangélicos são os que menos confiam em Lula (43); católicos ultrapassam a média nacional, com 55 pontos.
Na contramão nos números, Michel Temer, que governou o País do dia 31 de agosto de 2016 até 31 de dezembro de 2018 após o processo de impeachment de Dilma Rousseff, é detentor do pior índice de confiabilidade conferido pela população, de apenas 13 pontos. Seu substituto, o ex-presidente Jair Bolsonaro nos dois anos seguintes alcançou 48 pontos em 2029 e 46 pontos em 2020. Na sequência de sua gestão à frente do Palácio do Planalto, Bolsonaro ainda viu seu desempenho cair na avaliação dos brasileiros, que lhe conferiram 32 pontos em 2021 e 41 pontos em 2022, seu último ano de mandato.
O Ipec também traz dados sobre a confiabilidade da população a outros 19 grupos além da figura do chefe da Nação. Nesse ranking de confiança, ele é apenas o 17º colocado. Os grupos que despertam maior confiança na população brasileira são igreja, com 70 pontos; Forças Armadas, com 66 pontos; e polícia, com 64 pontos, ocupam as primeiras posições no ranking.
DESCONFIANÇA
A população brasileira segue com a confiança em baixa em reação aos partidos políticos, aos quais atribuiu 34 pontos. Outros em baixa com os brasileiros são o Congresso Nacional, que somou 40 pontos na pesquisa, e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que teve 53 pontos, pontuação que pode ter sido causada pelas sucessivas notícias falsas, as chamadas “fake news”, em relação ao processo eleitoral nas últimas eleições.
Para formulação da pesquisa foram entrevistadas 2.000 pessoas, acima de 16 anos, de maneira presencial, no período entre os dias 1º e 5 de julho, em 127 cidades espalhadas pelas cinco regiões do País. O intervalo de confiança é de 95%, e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais (97%) ou para menos (93%).