Proposta de melhorias da Via Mobilidade vem após ameaça de extinção da concessão
A Via Mobilidade, empresa responsável pela operação das linhas 8 e 9 de trens metropolitanos, apresentou, na última terça-feira (17), ao governo do Estado de São Paulo e ao MPE (Ministério Público Estadual) proposta de acordo que prevê aporte de R$ 87 milhões em investimentos visando melhorias nas linhas.
A proposta, anunciada em nota no portal da empresa, veio alguns dias depois de a Justiça paulista ameaçar romper o contrato de concessão de ambas as linhas. De acordo com a nota, assim que celebrado o acordo, a quantia será acrescida “aos investimentos previstos no Plano de Ação já apresentado ao governo do Estado, em fevereiro deste ano, com o objetivo de acelerar a recuperação da infraestrutura das linhas 8 e 9”.
Após série de problemas recentes com os trens da empresa, como descarrilamentos e outros problemas técnicos tanto na Linha 8-Diamante como na Linha 9-Esmeralda, o Ministério Público paulista havia informado no último dia 30 que havia encerrado as negociações de acordo com a responsável pela operação e que iria tomar as necessárias providências para acabar com essa privatização.
Ainda segundo a nota da Via Mobilidade, os recursos serão destinados a cinco frentes: modernização da estação Antônio João, na Linha 8, com novas escadas rolantes, elevadores, novo mezanino, novos sanitários e um bicicletário; ampliação do mezanino da estação Barra Funda e instalação de escadas rolantes; instalação de passarelas nas extremidades das plataformas da estação Presidente Altino, o que pode melhorar a integração do fluxo de passageiros das linhas 8 e 9; ampliação do número de bloqueios de acesso, as chamadas “catracas”, e da cobertura externa da estação Primavera Interlagos; e, por fim, implantação QR Code ao longo das linhas para dar informações em tempo real aos clientes sobre os horários de chegada e partida das composições.
“Sugerimos, em nossa proposta de acordo, prazos específicos de entrega para cada um destes cinco projetos e os trabalhos serão iniciados assim que tivermos a concordância do Palácio dos Bandeirantes e do Ministério Público para irmos adiante”, disse Marcio Hannas, presidente da CCR Mobilidade, grupo que engloba a Via Mobilidade.